DTCL
Dirás que sou louco,
Que o juízo é pouco,
Que devo acalmar,
(Ou fingir não amar);
Que devo pensar,
Sentir é falhar.
Pensarás que sou tolo
Te provoco dolo,
Dizendo estroinices
E outras tolices.
(Serão parvoíces?)
Serei debilóide,
Ou outra coisa óide?!
Só poide!, só poide...
Serei anormal?
Isso é menos mal,
Ou o mal que padeço
É tão mau que adoeço?
Serei masoquista,
Faquir ou fadista?
Ou só maneirista,
Mulherengo artista?
Será que mereço teus olhos em mim?
Será que consigo que olhes p’ra mim?
Será que te vi quando olhaste p’ra mim?
Será que olhaste p’ra mim?
E são estas perguntas
Tão fundamentais,
Que inquietam filósofos
E outros que tais,
E até os poetas
Que escrevem demais,
Inventam tais petas
De doentes mentais.
Mesmo que o não queira,
Mesmo que o não peça,
Vivo em tal canseira!...
Miúda, dás-me a volta à cabeça!
Christian de La Salette
Que o juízo é pouco,
Que devo acalmar,
(Ou fingir não amar);
Que devo pensar,
Sentir é falhar.
Pensarás que sou tolo
Te provoco dolo,
Dizendo estroinices
E outras tolices.
(Serão parvoíces?)
Serei debilóide,
Ou outra coisa óide?!
Só poide!, só poide...
Serei anormal?
Isso é menos mal,
Ou o mal que padeço
É tão mau que adoeço?
Serei masoquista,
Faquir ou fadista?
Ou só maneirista,
Mulherengo artista?
Será que mereço teus olhos em mim?
Será que consigo que olhes p’ra mim?
Será que te vi quando olhaste p’ra mim?
Será que olhaste p’ra mim?
E são estas perguntas
Tão fundamentais,
Que inquietam filósofos
E outros que tais,
E até os poetas
Que escrevem demais,
Inventam tais petas
De doentes mentais.
Mesmo que o não queira,
Mesmo que o não peça,
Vivo em tal canseira!...
Miúda, dás-me a volta à cabeça!
Christian de La Salette