sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sem palavras




Deixa-me sem palavras
O teu silêncio mudo,
Esse calar sisudo
Em tudo o que te escrevo.
Sabes o que digo
No que te deixo escrito:
É o amor que grito
Sentindo-o em perigo.
É esse amor perdido
No teu silêncio deserto,
Na aridez que faz perto
A dor solta em gemido.
É cada verso ferido
Pela pena que o escreve,
Sentindo que não te serve,
Sentindo não ser sentido.
São estas lamúrias poema
Que teimo em te escrever,
É a dor de não te ter,
Sentir só te fazer pena.
Deixa-me sem palavras
Esta vetusta paixão,
Que apesar da rejeição
Cria em mim ideias parvas.

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