terça-feira, 3 de maio de 2016

Absorção


Absorves-me a identidade,

Tiras-me toda a essência,

Fico ausente da vontade,

Não me tenho consciência.

Deixo de saber quem sou,

Perco a minha personalidade,

P'ra onde vais é p'ra onde vou

Já não tenho intimidade.

Absorves-me no teu mundo,

Embrenhas-me nos teus segredos,

Torno-me vazio e sem fundo

Fico só com os meus medos.

Já nada faço sem ti.

Em nada existo sem quereres.

Só cá estou se estás aqui,

Só regresso se quiseres.

Mas não quero liberdade,

Só preso a ti é que vivo,

E a mais pura verdade


Só ser feliz se te sirvo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os amantes, verdadeiros amantes, duram tanto como as canções de amor, embora mantidos em segredo são guardados, embrulhados de memórias. Não morrem vão com os amantes para a eternidade!