NINIFLORA II
A tua casa não tem jardim e por isso não te posso dar flores. Nem tens espaço para baloiços onde brinquem as nossas crianças aos risos e gritos de alegria, cabelos despenteados e fraldas em desalinho. Faces rosadas das correrias não serão vistas fora das areias da tua praia, aquela que estou interdito de visitar.
Não posso deixar presentes à tua porta que logo pensarás que outro tos deu em vez de te lembrares da vergonha deste amor meu, um amor que se esconde nas esquinas dos teus caminhos, como um mirone da tua vida, vendo-te passar sem fazer parte dos teus passos.
Lembro-me todos os aniversários que não posso partilhar contigo, os meus, os dos nossos, o teu… Este aniversário que se esgota em mais um ano. Repara como é irónico festejarmos uma coisa que acaba como se fosse muito importante… só se festeja o aniversário quando ele termina e entramos num outro.
Penso em mil coisas para te dar nos teus múltiplos aniversários, porque eles multiplicam-se nos aniversários dos teus filhos. Nada me parece ser correcto, nada te posso dar que tu realmente queiras. Sinto a frustração de te dar um nada contínuo todos os aniversários. É um nada tão vazio que me entristece; um nada que apenas preenche a solidão da tua ausência ao pé de mim, essa ausência que é presença permanente na minha vida. E apenas te faço lembrar a ausência do outro. Entristece-me não saber mudar o mundo para que ele se molde aos teus sonhos, para que a tua realidade seja a que desejas e não as sobras das realidades dos outros, os restos da realidade de quem desejas quando se digna conceder-tos, em afagos que subtrai à realidade que não larga por ti.
Entristece-me não saber moldar o teu coração para que ele só ame quem te merece e que saiba dar-se todo a ti, sempre que queiras, quando o quiseres. Fico triste por não saber escapar para dentro dos teus sonhos, de os tornar estrelas brilhantes nos teus olhos ao acordares, de os fazer reais como as tuas lágrimas que deixaste de chorar no meu ombro…
Com quem choras tu agora?
Parabéns amor por todos os teus aniversários!
Não posso deixar presentes à tua porta que logo pensarás que outro tos deu em vez de te lembrares da vergonha deste amor meu, um amor que se esconde nas esquinas dos teus caminhos, como um mirone da tua vida, vendo-te passar sem fazer parte dos teus passos.
Lembro-me todos os aniversários que não posso partilhar contigo, os meus, os dos nossos, o teu… Este aniversário que se esgota em mais um ano. Repara como é irónico festejarmos uma coisa que acaba como se fosse muito importante… só se festeja o aniversário quando ele termina e entramos num outro.
Penso em mil coisas para te dar nos teus múltiplos aniversários, porque eles multiplicam-se nos aniversários dos teus filhos. Nada me parece ser correcto, nada te posso dar que tu realmente queiras. Sinto a frustração de te dar um nada contínuo todos os aniversários. É um nada tão vazio que me entristece; um nada que apenas preenche a solidão da tua ausência ao pé de mim, essa ausência que é presença permanente na minha vida. E apenas te faço lembrar a ausência do outro. Entristece-me não saber mudar o mundo para que ele se molde aos teus sonhos, para que a tua realidade seja a que desejas e não as sobras das realidades dos outros, os restos da realidade de quem desejas quando se digna conceder-tos, em afagos que subtrai à realidade que não larga por ti.
Entristece-me não saber moldar o teu coração para que ele só ame quem te merece e que saiba dar-se todo a ti, sempre que queiras, quando o quiseres. Fico triste por não saber escapar para dentro dos teus sonhos, de os tornar estrelas brilhantes nos teus olhos ao acordares, de os fazer reais como as tuas lágrimas que deixaste de chorar no meu ombro…
Com quem choras tu agora?
Parabéns amor por todos os teus aniversários!
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