segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Abraços


Guarda-me um abraço
Para os momentos
Que os maus pensamentos
Vão ensombrar.
Guarda-me um espaço
Nesse cantinho
Aconchegadinho
Que é teu regaço.
Guarda-me passos
Nos teus caminhos
Quando os teus passos
Forem sozinhos.

Joga comigo
À apanhada,
Não temas nada.
Não temas nada…

Guarda-me um ombro
Se estiver triste
Moral em riste
Para me apoiar.
Guarda-me estrelas
No firmamento,
São bom unguento
Para curar
As minhas mágoas
Quando não pertenço
Ao teu olhar.

Joga comigo
À apanhada,
Não temas nada.
Não temas nada…

Guarda-me o colo
Se for quentinho
Que quero um ninho
P’ra me enroscar.
Guarda-me os dias
Do teu sorriso
É o que preciso
Para aguentar
A longa ausência
De um beijo quente
Que não queres dar.

Joga comigo
À apanhada,
Não temas nada.
Não temas nada…

Guarda-me na memória
Como lembrança
De sensual dança
Na tua história.
Guarda-me um beijo
Do teu desejo
Que eu nada tenho
Se não me amares.