quarta-feira, 9 de abril de 2008

Serenidade


Dormem os campos serenos e apenas os seus cabelos verdes se agitam à passagem de uma suave brisa que te acompanha os passos. Dormem sossegados já sem o teu desassossego, repousam finalmente sem se revolverem à tua presença. Preparam-se para outros cultivos, para receber sementes de outras gentes, germinarem na calmaria das tempestades que sobra dos teus dias, florescerem calmamente sem o atropelo das sucessões dos dias inquietos, sem a chuva que os alagava, sem o frio que os invadia, sem a geada que os queimava, sem o guião que os matava...
Vêm os dias amenos descansar nas horas mortas, sentados à sombra do não querer, enquanto a terra descansa sem se sentir continuamente pisada. Preparam-se os terrenos para nova Primavera.
Serenam as plantas no seu crescimento. Já não és o vento forte que as abana, que lhes derruba as folhas e as parte em partes. Sossegam os rios da tua enchente invernal, correm agora lânguidos, preguiçosos, sem pressa de chegar à tua foz. Acalmam-se as manhãs quando acordam sem ti, as nuvens abrem ... O sol regressa, finalmente!...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda bem que a serenidade paira novamente na tua vida. Sempre foi esse o meu desejo, sendo que os amigos só desejam o melhor. Também a serenidade está a voltar à minha vida e já não sinto o mar tão revolto...